Só eu sei o quanto te desconheço, o quanto te perco, conquisto e descubro. Tiro-lhe os lençóis da vida e faço com que passe frio. Sinta medo ao me sentir.
A distância
nos mantém próximos, ou talvez eu viva em ti. Na gargalhada que se esqueceu de
soltar, no cigarro que deixou apagar. Eu moro nas palavras que você só pensa...
que você hesita. Em cantos de escrivaninhas, livros inacabados, na euforia do
dia chuvoso. Eu vivo nas coisas que se esqueceu de fazer, e quando as faz sente
um prazer imenso por ainda lembrar-se.
Acordo nas
madrugadas... Viajo por teus pesadelos, faço deles a minha vivência e te livro.
Livro dos males, rio ao pé d’orelha.
E nessa omissão
Esconderijo
Timidez exacerbada
Beijo-te
Os lábios
A vida
Os dias
E te revivo; Aqui. Em páginas de um bloco qualquer que
ninguém nunca lê. Mas que eu te reinvento todas as manhãs.
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