sábado, dezembro 06, 2014

Complementar.

Encaixa, enquadra, simetricamente incoerente?

A lua no céu, as estrelas e suas mãos. Sente o quanto isso se encaixa? Feito casaco no frio, óculos para um míope e a comida para o ser faminto.

O que você sente ao sentar-se por aqui? Compartilhar da rede, sofá ou cama, não precisa de muito. Acredito que você também não. O que existe além do sossego e a harmonia da companhia?
Senta e te ajeita com o teu jeito de chegar.


Em dias chuvosos, ensolarados, entediantes ou calorosos. De muito sua companhia basta e me transborda. Você sempre se encaixa. Seja na freqüência dos meus sonhos, o perigo dos meus medos, ora! O equilíbrio de meu exagero.
Você me serve, me harmoniza, se encaixa.
Organiza os devaneios, participa das horas, se taca do precipício e vive martírios sozinho.

Nem tão sozinho.
Sozinho em meus braços.
Fugindo dos afagos e isolando-se em meu avesso.


De pernas para o ar
Sentado ao meu lado no sofá
Beira mar
Assistindo o nascer das estrelas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário