A noite de hoje está tão estrelada, e a luz que elas refletem tão mais reluzente em meio a essa escuridão que me encontro no quintal de casa.
Estive
pensando.
Pensei
por dias.
Percebi
o quanto ainda me sinto intrigada a respeito do Universo.
Galáxia
por galáxia.
Átomos
e poeira cósmica.
Sobre
os dias que podem simplesmente de uma hora pra outra não clarear mais.
Estou
tão enferrujada nisso, nessa ideia cômoda e repetitiva de que o mundo não tem
nada mais a oferecer, e que a Era Niilista realmente chegou. Há quanto tempo me
vendaram? Há quanto tempo me ceguei? Nada traz interesse, nada parece me
excitar como a primeira vez que senti a água salgada molhar meus pés.
Às
vezes eu desconfio que esse encanto ainda passeie por minhas veias, fervendo,
esperando por minha permissão.
Essa
coisa de se lembrar, tentar enxergar que cada sensação é única, feito essas
estrelas que nunca terão o mesmo brilho de hoje. E que eu nunca serei a mesma
de agora ao se passarem os segundos.
Observar
a vida com a mesma empolgação de uma criança – Com os olhos que saltam e não
querem nunca dormir, afinal, tudo é tão inovador e diferente. Sentir prazer em
viver, experienciar como se fosse a primeira vez – E diga-se de passagem, é!
A
primeira vez que sinto o aroma do teu perfume. Ou no chocar de nosso toque. Até
aquela sensação de quando deixo a chuva deslizar lentamente por meus cabelos.
Vivenciar
e me surpreender.
Sem
pré-julgamentos, aos olhos de quem é a cada segundo, uma nova pessoa.
Eu
preciso reaprender que aprender a sentir faz parte de crescer e me admirar com
o todo ao qual desconsidero. Permitir-se sentir é reconsiderar que a felicidade
ainda é possível.
E
quer saber? Que sensação maravilhosa ao contemplar essa noite.
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